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Como a Receita Federal Identifica Empresas que Dividem Atividades para Pagar Menos Impostos

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A Perigosa Ilusão do Planejamento Tributário Ilegal

No universo empresarial, a busca por reduzir a carga tributária é um objetivo legítimo e necessário. No entanto, algumas práticas para economizar impostos ultrapassam os limites legais, colocando empresas em situações de alto risco fiscal, trabalhista e criminal. Uma dessas práticas, infelizmente comum, é a divisão irregular de atividades entre empresas no Simples Nacional e no Lucro Presumido. Neste artigo, vamos desvendar como essa operação funciona, quais são os riscos envolvidos, como a Receita Federal identifica e autua essas irregularidades e, principalmente, por que um planejamento tributário estratégico é a melhor solução para economizar sem correr riscos.

Como Funciona Essa Prática de Divisão de Atividades?

Algumas empresas, para tentar reduzir tributos, criam duas pessoas jurídicas com regimes tributários diferentes. A lógica dessa operação consiste em:

  1. Simples Nacional: Alocar toda a folha de pagamento, encargos trabalhistas e previdenciários na empresa que recolhe impostos pelo Simples Nacional, aproveitando a tributação mais leve sobre a folha.
  2. Lucro Presumido: Centralizar a produção, faturamento e comercialização na empresa que opera nesse regime, com o objetivo de aparentar regularidade nas atividades econômicas principais.

Na prática, trata-se de uma simulação, uma vez que as duas empresas, embora formalmente separadas, funcionam como uma única entidade. Essa estruturação irregular visa burlar a legislação tributária, mas pode custar caro às empresas envolvidas.

Por que Essa Operação é um Grande Risco para Sua Empresa?

Embora possa parecer vantajoso à primeira vista, essa prática apresenta riscos significativos que podem impactar diretamente o futuro do negócio:

1. Multas e Autuações Tributárias

A Receita Federal possui mecanismos robustos de fiscalização e cruzamento de dados, como o eSocial, a DCTFWeb e o SPED Contábil. Quando identificada a fraude, as empresas podem ser autuadas com:

  • Multas de até 225% sobre o imposto devido.
  • Cobrança retroativa de tributos com correção pela SELIC.

2. Crime Contra a Ordem Tributária

Essa prática pode ser enquadrada como crime de sonegação fiscal (Lei 8.137/1990), com penas que variam de 2 a 5 anos de reclusão, além de multa.

3. Problemas Trabalhistas e Previdenciários

A segregação artificial de folha de pagamento pode ser interpretada como fraude trabalhista, resultando em:

  • Fiscalizações do Ministério do Trabalho e da Previdência.
  • Recolhimento retroativo de encargos com juros e multa.

4. Reputação Comprometida

Além dos prejuízos financeiros, o envolvimento em fraudes tributárias pode abalar a imagem da empresa, afastando clientes, investidores e parceiros estratégicos.

Como a Receita Federal Descobre Essa Simulação?

A Receita Federal utiliza tecnologias avançadas de cruzamento de informações para identificar práticas ilegais. Veja como o órgão age:

  1. Cruzamento de Dados Digitais
    • O eSocial revela informações detalhadas sobre a folha de pagamento e pode evidenciar incoerências em relação ao faturamento das empresas.
    • Obrigações acessórias como SPED Fiscal e DIRF demonstram movimentações financeiras suspeitas.
  2. Fiscalização Direcionada
    • Empresas que utilizam o Simples Nacional e registram grande volume de mão de obra, mas baixo faturamento, tornam-se alvos prioritários.
  3. Denúncias
    • Concorrentes, ex-funcionários e até mesmo fornecedores podem denunciar operações fraudulentas, levando a investigações.

Planejamento Tributário Estratégico: A Solução Sem Riscos

Ao invés de recorrer a práticas ilegais, as empresas podem adotar um planejamento tributário estratégico para reduzir custos de maneira inteligente e segura. Isso inclui:

1. Reestruturação Societária

Alocar atividades em empresas diferentes pode ser válido, desde que exista autonomia real e justificativa econômica legítima.

2. Recuperação de Créditos Tributários

Empresas frequentemente deixam de aproveitar créditos tributários previstos em lei, que podem gerar economias significativas.

3. Benefícios Fiscais e Incentivos

Incentivos regionais e setoriais podem ser usados de forma lícita para reduzir a carga tributária.

4. Revisão de Classificações Tributárias

Corrigir erros de enquadramento fiscal pode diminuir a carga tributária de forma considerável.

Conclusão: Economize com Inteligência, Não com Fraude

Embora a prática de dividir atividades entre empresas no Simples Nacional e Lucro Presumido possa parecer uma solução rápida para reduzir impostos, ela traz consigo um risco imensurável. Além das consequências legais e financeiras, o impacto na reputação da empresa pode ser irreversível.

A alternativa inteligente e sustentável está em um planejamento tributário eficiente, conduzido por especialistas, que garanta economia e conformidade com a legislação.

Precisa de ajuda para organizar suas finanças tributárias e reduzir custos de maneira segura? Entre em contato conosco (Click aqui) ! Nossa equipe é especialista em planejamento tributário estratégico e está pronta para ajudar sua empresa a economizar sem correr riscos.

Daniel Aroni Zeber

Daniel Aroni Zeber

Advogado, Consultor Tributário, Pós Graduado em Direito Tributário pela PUC/SP.

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